2005-08-09

Da música bonita

Depois do Black Metal, Power Metal, chega o PIMBA METAL

Ela ía tão bela
Quando eu a vi passar
Pela rua tão singela
Com o vestido a voar.

Ía de preto como o carvão
Bela como a lua
Quando eu a vi passar
Pela noite pela rua.

Foi Satanás, foi Satanás
Que a pôs no meu caminho
Que me mostrou como se faz

Foi Satanás, foi Satanás
Pela rua a tentação
A mandar-me ir atrás.

Pela rua a segui
E ela reparou
Levou-me a casa dela
Um feitiço me deitou

Invocamos o senhor
Os dois na lua cheia
Sou o seu servidor
Preso na sua teia.

Foi Satanás, foi Satanás
Que a pôs no meu caminho
Me mostrou como se faz

Foi Satanás, foi Satanás
Pela rua a tentação
A mandar-me ir atrás.

Solo saloio

Repete refrão.

Acho que vou entrar no top com esta.
heheheheh

Sem Alento


em mim,
o desespero profundo
da incerteza permanente
da perda possível
a dúvida presente


inquieto,
no choro controlado
da feroz inquietação
na impotência medonha
da reprimida aflição


sozinho,
a enfrentar o medo
a domar o desalento
a esboçar uma poesia
escrevendo sem talento

2005-08-03

Do amor

Meu amor, porque partiste?
Relembro a fase de sedução em que íamos ao cinema.
Em que as nossas mãos se tocavam quando tirávamos uma pipoca.
Dos passeios que dávamos ao luar, o modo como o teu cabelo brilhava, lindo.
Do nosso primeiro beijo, de como senti o arrepio na espinha.
Da primeira vez que te vi nua, da primeira vez que fizemos amor, a consumação, como me senti completo.
Quando te disse que te amava, quando me dizias que me amavas.
O meu mundo mudou sem ti, não existe, não foste tu que desapareceste, foi contigo a minha parte sensível, a minha parte que se apaixona.
Nenhuma mulher se parece contigo, nenhuma mulher serve, todas básicas e horríveis.
Volta para mim.
Eu sei que é possível.
Reuni tudo, procurei livros e escritos variados. Consultei especialistas, viajei aos mais obscuros cultos.
Tudo por ti, para te trazer para mim.
Mas por mais que me esforce, por mais que tente e te mostre o meu amor por ti, ainda não consegui.
Só te peço o meu nome. Lembra-te!
Continuas linda, mesmo que magra e cinzenta na alma e no corpo.
O teu cabelo ainda brilha ao luar.
O teu corpo, que eu desejo, perdeu alguma elasticidade, mas continuo a amar-te, a desejar-te, a possuir-te em noites de amor, como costumávamos fazer. Lembras-te?
A entregar o meu corpo ao teu, a ficarmos loucos de prazer. Lembras-te?
A dormirmos depois, os dois juntos, com o corpo a tremer. Lembras-te?
O nosso amor tudo há-de vencer.
Até a morte.