2005-07-20

Da maravilha das palavras

(A Synestesis inspirou-me)


Céu azul glorioso, vento fresco
Vegetais verdes, carros azuis e beiges
Putos que correm
Batatas, couves e agriões
Roulotes, cervejas e berbigões
Nada são e existem por ser
Saudade limpa das bolotas
Na serra de nuvens laranjas
No relance de um cão e das hortaliças
E no absorver expelindo o retirado
Ceifar casas pelas raízes e os aviões
Que voam no chão perto das baratas
E eu penso para comigo
“Que mundo verde!”


(Acho que pode ser melhorado!)

17 Comments:

Blogger Syn said...

bajulador, anyway, "this was so far ur most best get!" nada como o irrisório estimulo de palavras dispersas num congelado acto valquiriano e amordaçadas nos confins de uma mente angustiada na perdição de nada compreender. frangâncias encobertas nas moitas definhadas, escombrosas numa falta de amistosidade, vagueando na falta de significado barrado em manteiga de amendoim. como biscoitos enlatados e recheados de caracóis indigestos... será que estou com fome?

3:19 da manhã  
Blogger Syn said...

"i think this was our most horrible yet!" é daó a ideia!

3:55 da manhã  
Blogger Nocturno said...

hum?

8:12 da manhã  
Blogger Ragnav said...

Eu sabia que podia ser melhorado.
Ninguém escreve tantas coisas sem nexo como a Syn.
Vou-me esforçar ainda mais.

9:58 da manhã  
Blogger Nocturno said...

Encontro neste texto uma maravilhosa crítica e dicionário de contrastes da sociedade dos tempos modernos: o trocadilho no futebol ("azul glorioso") - sintoma da decadência das massas - com o "vento fresco" que este traz ao fazer esquecer a crise; os "vegetais" e os "carros", natureza versus civilização poluente; a correria moderna dos executivos que nunca chegam verdadeiramente a ser pessoas adultas em contraste com a pureza grosseira dos agricultores e do público das roloutes de comida; coisas que apenas existem, sem ninguém que por elas sinta saudade após serem "servidas aos porcos" (o fim, a morte); os incêndios que dão colorido laranja ao horizonte, destruíndo quintas e animais, absorvendo tudo e deixando cinzas, arrasando casas e fazendo parecer que os aviões voam baixo, perto do pasto em chamas e dos bichos em fuga. No fim, reina a nostalgia de um mundo verde que o está a deixar de ser. Sublime!

2:51 da tarde  
Blogger Syn said...

sim, ainda tens que comer muita papa de aveia em barras para me chegares aos calcanhares da confusão! =P

5:49 da tarde  
Blogger Ragnav said...

Quem é que lhe cntou que eu como papa de aveia em barras??? pensava que só o pessoal que andava comigo nas caminhadas é que sabia.

10:29 da manhã  
Blogger Meriel said...

UQUÉ??????????????
Brother tás todo germinado.
Mas eles ainda estão piores :)))
Legumes e baratas no mesmo poema???
Isso parece-me uma aparente representação da inconsciente fuga à realidade do sentimento ilógico de necessário fundamento suicidário.

11:25 da manhã  
Blogger Nocturno said...

discordo. temos aqui explicitamente a ironia de replicação de um fundo vegetativo de interpretação plena e inquieta. chegando a este ponto há apenas que aceitar a genialidade fungosa do esgotamento energético das alfaces.

12:29 da tarde  
Blogger Syn said...

eu gosto das estrelas no ceu, e dos mosquitos no ar (bah, nao é verdade, odeio mosquitos). eu acho que esta é a faceta vegetariana do nosso caro ragnav. um génio entropecido atrás das batatas e dos agriões que nunca pode comer, das hortaliças guardadas pelo cão. isso demosntra profunda frustração no seu acto de comer carne, ele quer libertar-se como uma borboleta da crisálida e aterrar no mundo verde e natural dos carros azuis de competição deixando o fumo da carripana no ar e intoxicando de laranjas as nuvens travessas embriegadas. um manancial de culinária atrevida em que esta é a sopa da pedra, o mundo cor-de-rosa e assediado pelos atrofiados gritos da tedcnologia radioactiva. é por isso que há zombies.

3:16 da tarde  
Blogger Meriel said...

Ragnav,

Não tens hipotese por mais que tentes a Synesteis bate-te aos pontos :))))
É melhor começares a escrever a sério ;)

11:30 da tarde  
Blogger Nocturno said...

mas e as alfaces? as alfaces?...

2:03 da manhã  
Blogger Meriel said...

As alfaces???????

Foram comidas pelo coelhinho que foi com o ....

2:39 da manhã  
Blogger Meriel said...

A mim o que me preocupa são os berbigões...

2:40 da manhã  
Blogger Nocturno said...

Prefiro o mexilhão... :)

11:40 da manhã  
Blogger Syn said...

detesto mariscos bivalves... ara mim sai um prato de camarão.

2:16 da tarde  
Blogger Nocturno said...

ah, o camarão também está associado a sexo? =P

3:49 da tarde  

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