2005-06-28

Um coelhinho...

Sorri-te alegremente como se nunca me tivesses feito gritar.
Olhei-te no fundo dos olhos como se nunca me tivesses feito chorar.
Toquei-te ao de leve na pele como se nunca me tivesses feito sofrer.
Amei-te profundamente como se nunca me tivesses feito morrer.
Quero sair deste ciclo que me faz sentir cada vez mais tonta.
Quero descer deste carrossel que me causa náusea.
Gostava de ser normal. Gostava de chorar e esquecer. Gostava de odiar.
Em vês disso estou presa a esta imagem distorcida e improvável de amor.
Perco o sentido de mim por persistir neste sonho impossível de felicidade.
Morro a cada sorriso perdido e a cada ilusão desfeita.
Sofro por não ter aquilo que já não quero.

4 Comments:

Blogger Syn said...

pessoal, acho que temos que oferecer coelhos à meriel no natal e aproveitamos na praia e recolhemos 3 conchinhas! =P

mas devo só lembrar-te: se te desiludes a culpa é tu, tu é que te iludiste e depositaste mais em aolguém que aquilo que ela alguma vez te propos oferecer!

12:32 da manhã  
Blogger Meriel said...

:)))))))))))))
Essa dos coelhinhos e das conchas quase me partiu a rir.
E depois dizes que o Nocturno é que escreve coisa divertidas :)

Tens razão em muito do que me dizes. É verdade que fui eu que me iludi. Somos sempre nós. É verdade que eu é que deixei que me magoassem. Também somos nós que temos de deixar.
E nunca me foi prometido amor. Mas foram-me prometidas coisas que acabaram por não me dar. E ainda não percebi se o que magoa mais são as coisas prometidas que ficaram por dar ou o amor que ninguém prometeu mas me atrevi a sonhar. Vou por aqui um poema brejeiro, mal escrito, com má metrica, digno de um vasinho so St.António. Mas que escrevi na altura num repente foleiro, comentario a seguir

12:53 da manhã  
Blogger Meriel said...

03/06/2005

Amo e quero
Mas o desejo não vai tão longe
Grito e choro
Enquanto vejo que o sonho foge

Porque abriste a porta
Se não querias que eu entrasse
Feres-me fundo com esse frio que corta
Logo depois de pedires que sonhasse

Não me culpes do fogo que ateaste
Eu era tojo húmido na noite esquecida
Com esse olhar me enredaste
Entreguei-te a mais pura flor da vida

A magia que operaste apenas a ti serviu
Poderoso mago a ti e ao mundo te provaste
Crueldade de quem nunca sentiu
Prova lógica de que nunca amaste

Impossível sonho tornaste uma realidade vazia de ti
Louca mergulhei profundo no teu mar
Como podes esmagar a rara flor que te ofereci
E deixar-me assim incapaz de voltar a amar

Queria fugir de mim para te esquecer
Mas até esse bálsamo é alivio interdito
Nem a dor de te mostrar a flor morrer
Vai ser poupada a este coração aflito

Como uma gata seguirei as minhas vidas
Estou a chorar pelo amor que desconheces
Com coragem lambo as minhas feridas
Pena de ti que no vazio te desvaneces

12:54 da manhã  
Blogger Syn said...

o nocturno? esse comentário foi meu, relativo ao teu dito, é a minha forma de ver!

E AGORA se brincaram contigo e deixaste é porque quiseste sentir e não te censuro, mas devias levar as coisas com simplicidade, sem fazer grande metargens, mantém-te na curta metragem e pensarás num futuro muito próximo e não te magoarás tanto, não querias tudo de uma vez, não voes demasiado alto, a queda é maior. mas permite-te também sentir, antes sentir amor e dor que nunca sentir nada.

1:44 da manhã  

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