2005-06-27

Da necessidade do ser

A luz do astro mor entra implacavelmente pela ausência de tijolos da minha parede.
Bate nos meus sensores, espelhos de algo que não sei se tenho.
Eu resisto.
Sons da vida chamam-me, não quero ouvir, quero manter-me na dormência moribunda que não me deixa ser.
Não quero ser.
Estico-me para agarrar alguma vida, alcanço algo que não é meu.
Mãos vazias, mãos dormentes.
Cérebro parado, a paz dos seres acéfalos, a beleza de não existir.
Não quero a vida, quero a passividade, a calma, não quero sentir.
Retumba o meu cérebro e os meus ouvidos.

2 Comments:

Blogger Meriel said...

Vá! Lava lá a cara que já te passa a vontade de cabular :)))

8:55 da tarde  
Blogger Syn said...

tu és louco, aguenta-te seguro pelo fio de nylon que já te vou apanhar. se usas a tesouro antes do previsto obrigas-me a ser uma super heroína, e eu não quero que me descubram!

9:10 da tarde  

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