2005-06-29

#6 sentir?

Onde vais? Quero saber! Com quem vais?
Não te posso ver ir, como me retraça o coração!
Partes sem olhar para trás, sem ver como te quero abraçar!
Não vês como me apoquentas?
Que posso eu fazer além de esperar?
De te esperar, de esperar que voltes igual?
Não te quero profanada!
Só eu posso mudar-te, mexer-te! SÓ EU!
Que fazes tu? Porque partes tu sem o meu consentimento!
Desesperas-me, quero-te!
A minha raiva não se contenta com as tuas desculpas perdidas,
Com os teus dramas feridos pela minha ira.
Vou magoar-te! Quero ver-te sofrer!
Vais arrepender-te! E eu vou verter lágrimas de sangue por ti…
A minha dor será a tua dor, a minha mágoa a tua mágoa,
E não me importa que as minhas palavras enraivecidas e desconexas te sejam acutilantes;
Chorarás comigo a minha perda;
A tua perda… és minha e tu sabes disso,
Nada nem ninguém te pode consumir como eu.
Assassinarei meio mundo por ti,
Destruirei tudo até te conseguir proteger,
Tu és tu, e eu quero o que és, sou o teu parasita!
Atreves-te a abandonar-me? A sair por essa porta?
Não sou realmente importante para ti, eu sei… sinto…
Mas vais arrepender-te,
Porque o amor que te dou, que te tenho, jamais alguém terá igual.
Tu perdes-me, tu gastas-me, tu libertas-te de mim, ignoras-me e deixas-me só…
Não vás!
Odeio-te a teus pés, és a minha musa, a minha deusa, não vás!

12 Comments:

Blogger Meriel said...

Explica por favor!

Isto é um amor/amante ou um pai/mãe a falar?

A minha leitura é pai/mãe.

Se é um amor/amante ensina-me o truque.

Tou farta de ser eu a obcedada. Gostava de me relembrar como é o oposto :)

1:22 da manhã  
Blogger Syn said...

é o meu imaginário amor amante =) como se eu estivesse chateada.

1:36 da manhã  
Blogger Nocturno said...

parece-me alguém no limiar entre amor e obssessão. o amor puro, sem possessividade, existirá na alma humana? (lá vem a Eunice bater-me) :)

8:59 da manhã  
Blogger Ragnav said...

É uma relação de amor unilateral, com muita obsessão misturada.
Claro que tanto amor resulta inevitavelmente na morte do objecto que se deseja, a melhor expressão de amor é querer consumir a alma da pessoa amada (ou é isto obsessão?? bem mas tb como dizem que sou maluco posso dizer o que quizer hehehehe)

10:55 da manhã  
Blogger Syn said...

chamar-se-ia platonismo Nocturno =) mas parece-me que este amor é obcecado e que nunca houve posseção, é tudo ficticio na cabeça do sujeito... tudo o que sente é algo criado por ele, é uma ilusão, daí um amor puro obcecado. ele quer controlar, mas sabe que é impossivel, daí a sua frustração. e sim, se não voarem os dois livres um deles acaba por morrer, por isso, que haja espaço para voar. dificilmente se consegue consumir a alma da pessoa amada, se isso acontecer a pessoa deixa de ser a mesma! foi alterada.

1:43 da tarde  
Blogger Syn said...

exacto ragnav, é unilateral =D

3:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não se pode dizer unilateral se do conjunto só se ouve a voz rouca e cansada de uno, sendo esta peça títere do pensamento, ou não.
Não descorando os “mimos” que promete à nómada senhora recordo-lhe que o parasita vive do hospedeiro ó perversa Catarina :), não queremos uma lápide para ambos. O mote só me soa a liberdade, e quem desconhece o que é estar feliz como um escravo solto pela manhã está cerrado dentro da sua ruinosa mecânica da respiração até morrer. Patético, diria Poe. Pois quando descem as pálpebras ao pássaro, como se sabe em que terras pensa?

9:27 da tarde  
Blogger Syn said...

deixe-me recordar que o hospedeiro vive sem o parasita... assim como o parasita vive até achar novo hospedeiro ou não... morre tentando. e outros parasitas virão. nada é insubstituivel e essa é a dura realidade. assim como se deixa gritar esperando resposta e ela nunca vem... é um monólogo. quem dá carinho e não recebe é um benfeitor. é simplesmente a essência de amar no seu esplendor, sem nada esperar.

9:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caríssima, ao que me parece, o texto revela a vontade de alguem se tornar num parasita e esses vivem à custa do hospedeiro. Ou não vivem. Só isso.
Carinho, amor, ternura, afectos, afinidades, cumplicidades… não se desenvolvem sem as marés de entrega de ambas as partes, é assim que se distinguem as boas relações dos namoros dos 13 anos. E continuo a teimar, só conheço a voz de um orador, falta saber o que diz quem voa.

Metatron

9:49 da tarde  
Blogger Syn said...

lol quem voa nunca saberás! =P

e sim, eu disse que o parasita iria em busca do novo hospedeiro ou miorreria... avora quem voa é livre!

11:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Por esse principio, senhora, nem conheço quem se lamenta...

8:08 da tarde  
Blogger Syn said...

conheces muitos lamentos... eles são de parasitas que ainda nao morreram ;)

8:22 da tarde  

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