2007-08-23

Desgarrada 12 (vaidade ... e não explico)

Entrei no restaurante e reparei imediatamente num de dois homens que petiscavam uns pica-paus. Noutra mesa, mais a meio do restaurante, duas mulheres e dois homens conversavam animadamente. Reparei novamente num dos homens que petiscava uns pica-paus. Observava a mesa de quatro quando repentinamente os dois casais começaram a trocar sôfregos e lascivos beijos. Reparei novamente no homem, mas isso já sabem. Dirigi-me ao balcão e pedi um tango. O chato do meu colega ainda não tinha chegado. Os beijos dos casais aqueciam cada vez mais e iam captando a atenção do homem dos pica-paus, que por sua vez captava a minha atenção. Era bom. O gajo.
Ele levou mais uma garfada de pica-pau à boca. Apetecia-me lambuzar aquela boca carnuda. Imaginei o gozo de sentir a barba rala que lhe cobria a cara a arranhar-me as costas. O corpo musculado exposto numa camisola de alças e uns calções bem curtos faziam-me deambular até à pujança da sua virilha. Nesse momento o desejo era tão forte que faria sexo com ele em cima daquela mesa regada a molho de pica-pau. O meu colega chegou e como sempre começou a tagarelar:
- Então pá, quem é a miúda que levas à pendura para a concentração deste fim-de-semana? São sempre umas brasas…
Felizmente ele chegara a tempo de cortar a erecção que me iria denunciar em pleno restaurante. Alarguei o nó da gravata e respondi:
- Uma ruiva.